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Foto do escritorCamille

Muita História Para Pouca Foto

Atualizado: 30 de ago. de 2022


Quando eu era pequena e estava em algum evento ou algo do tipo, minha mãe sempre fazia eu parar o que estava fazendo para que ela pudesse tirar uma foto, e eu simplesmente odiava isso.

Acontece que hoje eu entendo o porquê disso tudo.

As fotos registram o momento presente, e podem ser uma espécie de viagem no tempo assim que vistas em outra época. Hoje porém, os registros momentâneos que irei mostrar contêm longas e inspiradoras histórias.

 


Da esquerda para a direita: minha prima Aléxia Vitória, dona Bina e eu.

Leobina Conceição Neves, mais conhecida como dona Bina, nasceu em Livramento de Nossa Senhora, na Bahia. Fez alguns colegas, mas tinha irmãos para cuidar e terras para arar acima de qualquer diversão.

Em 1946, a situação ficou apertada para sua família e com apenas 13 anos, se viu obrigada a deixar a Bahia. Mudou-se para a cidade de Garça com os pais, 7 irmãos e seu primo João.

Mesmo sem conhecerem ninguém, plantaram suas sementes nessa terra, que graças a Deus, deram bons frutos.

Com 15 anos começou a namorar João e aos 18 se casou com ele. O casal logo se mudou para um sítio próximo do local onde os pais dela moravam, e depois de um tempo os filhos começaram a chegar: Antônio, Pedro, Eunice, Maria e Célia.

Dona Bina é e foi uma mulher forte que batalhou para ver a felicidade dos outros acima da sua.


 

Bruno Stocco.


Bruno Stocco; nascido em 30 de novembro de 1934 em Jundiaí. Assim que nasceu, sua casa fora roubada e ele, seus pais e seu irmão Nelson, passaram por um período difícil. Por esse motivo Bruno tivera sua data de nascimento registrada em 23 de janeiro de 1935.

Com seis anos entrou na escola e saiu de lá assim que completou o primário, depois de quatro anos.

Desde cedo ajudava seu pai com as despesas da casa, foi engraxate e depois ajudante de pedreiro aos 14 anos, também teve que assumir os trabalhos da casa quando sua mãe teve apendicite.

Nesse meio-tempo conheceu Dercéa, começaram a se falar e logo o namoro veio; depois de alguns anos, se casaram e os filhos foram chegando com o passar dos anos: Luciano, Marcelo, Adriana, Rosana e Daniela.

Acabou seguindo os passos do pai e se tornara pedreiro. Chegou a construir mais de setenta casas em Jundiaí e levantou cerca de um milhão e setecentos mil tijolos ao longo de sua vida.

Bruno é um homem que preza pelo bom humor e está sempre com um sorriso no rosto, indicando muita felicidade independentemente da situação em que se encontra.


 

Dona Bina é minha bisavó paterna e seu Bruno é meu avô materno. Descobri que a história deles faz parte da minha história, e entendê-la é muito importante, pois ela é a origem do meu ser e a base da minha formação como humana. Conhecer minhas raízes faz parte de me conhecer também, afinal já parou para pensar quão parecida sua visão de mundo pode ser com a das pessoas que te criaram, com as pessoas que fazem parte da sua história?

Tive que estudar um pouco sobre a vida deles antes de escrever esse post, e assim que comecei a pesquisar sobre, a frase "nossos heróis estão no meio de nós" do Fábio Brazza nunca fez tanto sentido para mim, eles lutaram muito para que nossa família pudesse ter um lar e comida na mesa sempre.

Então, se existem algumas lições que esse pequeno texto pode trazer para meus queridos leitores (oi mãe!), essas lições são:

Tire fotos, conheça a sua própria história e

valorize seus heróis, enquanto eles estão no meio de nós.

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2 комментария


anagraballos23
06 янв. 2023 г.

Amei o texto e fico feliz que tenha uma ligação forte com a história da sua família. Até chego a invejar brevemente a possibilidade que você teve de explorar sua origem familiar, mas me contentei ao longo do tempo em parar de pensar no sangue que me criou e em construir minhas próprias lembranças para uma ideia de futuro. Gostaria de saber, se não for inconveniente, duas pequenas grandes coisas: qual a primeira lembrança que você consegue alcançar da sua cabeça e qual sua memória favorita de sua própria vida? Nunca pare de escrever, isso é uma ordem.

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Camille
Camille
09 янв. 2023 г.
Ответ пользователю

ooi ana!

cara, eu tenho duas breves "primeiras" lembranças que consigo lembrar, só não sei qual aconteceu primeiro, de fato kkkkkkkkk.

uma foi quando eu estava fazendo carinho num pinscher bravinho que era do meu tio, então ele me mordeu KKKKKKKKdesgraçado

a outra aconteceu porque eu tinha uma casinha de bonecas muito fofinha que ficava no meu quintal, eu até conseguia entrar dentro dela e ligar a luz, então fui colocar o fio da luz na tomada e levei um choque no meu dedinho! :((

e eu diria que não consigo ter uma memória favorita da vida, mas tenho uma memória favorita especial com cada pessoa ou lugar importante para mim.

gosto muito das histórias dos meus primeiros dias de…


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